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...11/11/2024 - 17:29:23

Categoria: Lutas no chão de fábrica

Vitória na ICL Jacareí

Vitória na ICL Jacareí

A ICL (Israel Chemicals Ltda) é uma poderosa multinacional, com matriz em Israel, que fabrica produtos químicos. Conta com duas Unidade em Jacareí (ICL América do SUL), onde os trabalhadores iniciaram greve por tempo indeterminado, na sexta, 08/011, no segundo turno, como parte da Campanha Salarial do Sindicato dos Químicos de São Jose dos Campos e região/SP.

A empresa endureceu, antes mesmo da greve começar, e pediu intervenção do TRT-15 - Campinas, com audiência marcada para terça-feira, 12/11, à tarde. Mas a base e o Sindicato, também radicalizaram. A votação do início da greve teve 100% de adesão, inclusive de contratados. O Sindicato planejava parar a ICL Brasil, de São José dos Campos, na segunda-feira, 11/11. E se preparou para uma greve longa, com perspectivas de parar até as caldeiras de enxofre, caso a empresa contra-atacasse, visto que em dezembro passado a greve durou 7 dias e esta foi a 3ª greve neste ano. É evidente que a empresa, há tempos, tenta derrotar os trabalhadores e o Sindicato, quebrar essa combatividade para poder aplicar seus planos de semiescravidão, mesmo perdendo milhões de reais nos dias de greve e de paralisações. Assim os piquetes de convencimento, com barracas e alimentação, foram instalados horas antes da greve e se mantiveram até à última assembleia, no dia domingo, 10/11.

Houve várias negociações prévias, mas a resposta patronal à Pauta foi a tentativa de retirar direitos, tais como o abono de final de ano, no valor de R$2.300, pago ano passado, o congelamento do valor do Ticket Alimentação e a negativa de efetivação dos contratados. Nas sucessivas negociações, a empresa foi recuando lentamente. Ofereceu R$1500 de abono, depois R$2000 até R$2100, mas pretendia pagar parcelado e só para quem ganhasse até R$5600 de salário. Já com a fábrica parada houve mais uma negociação. O Sindicato fez contraproposta e a ICL disse que consultaria a matriz, em Israel. Sábado de manhã, a fábrica trouxe a nova proposta. Nem o Sindicato nem a base esperavam uma resposta tão rápida depois de tantas ameaças. As bravatas da patronal terminaram tendo custos adicionais para a empresa, porque no sábado a assembleia não teve quórum suficiente para avaliar a proposta, e a greve se estendeu até o domingo, às 8h da manhã, após votação nos 3 turnos.

A proposta aprovada foi de: $2.450 de abono (6,5% acima do ano passado), Ticket de R$415 (mesmo índice) a efetivação imediata de 7 contratados, sem desconto dos dias parados, até o efetivo retorno ao trabalho. Serão retomadas negociações sobre a efetivação do restante dos contratados e outras reivindicações pendentes. Esses pontos se somam aos já conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho, isto é, 5,12% de reajuste nos salários e no piso salarial, a partir de 01/11, e a renovação das cláusulas sociais por mais 2 anos.

Estamos cientes de que foi uma importante vitória, produto da unidade das trabalhadoras e dos trabalhadores da empresa, um avanço econômico significativo e um triunfo político. Quem esperava ver os trabalhadores de joelhos perdeu feio. A firmeza da base e os pátios lotados de caminhões para descarregar insumos e para carregar produtos falaram mais alto!

Viva a luta da classe trabalhadora! Só quem luta conquista!

A ICL (Israel Chemicals Ltda) é uma poderosa multinacional, com matriz em Israel, que fabrica produtos químicos. Conta com duas Unidade em Jacareí (ICL América do SUL), onde os trabalhadores iniciaram greve por tempo indeterminado, na sexta, 08/011, no segundo turno, como parte da Campanha Salarial do Sindicato dos Químicos de São Jose dos Campos e região/SP.

A empresa endureceu, antes mesmo da greve começar, e pediu intervenção do TRT-15 - Campinas, com audiência marcada para terça-feira, 12/11, à tarde. Mas a base e o Sindicato, também radicalizaram. A votação do início da greve teve 100% de adesão, inclusive de contratados. O Sindicato planejava parar a ICL Brasil, de São José dos Campos, na segunda-feira, 11/11. E se preparou para uma greve longa, com perspectivas de parar até as caldeiras de enxofre, caso a empresa contra-atacasse, visto que em dezembro passado a greve durou 7 dias e esta foi a 3ª greve neste ano. É evidente que a empresa, há tempos, tenta derrotar os trabalhadores e o Sindicato, quebrar essa combatividade para poder aplicar seus planos de semiescravidão, mesmo perdendo milhões de reais nos dias de greve e de paralisações. Assim os piquetes de convencimento, com barracas e alimentação, foram instalados horas antes da greve e se mantiveram até à última assembleia, no dia domingo, 10/11.

Houve várias negociações prévias, mas a resposta patronal à Pauta foi a tentativa de retirar direitos, tais como o abono de final de ano, no valor de R$2.300, pago ano passado, o congelamento do valor do Ticket Alimentação e a negativa de efetivação dos contratados. Nas sucessivas negociações, a empresa foi recuando lentamente. Ofereceu R$1500 de abono, depois R$2000 até R$2100, mas pretendia pagar parcelado e só para quem ganhasse até R$5600 de salário. Já com a fábrica parada houve mais uma negociação. O Sindicato fez contraproposta e a ICL disse que consultaria a matriz, em Israel. Sábado de manhã, a fábrica trouxe a nova proposta. Nem o Sindicato nem a base esperavam uma resposta tão rápida depois de tantas ameaças. As bravatas da patronal terminaram tendo custos adicionais para a empresa, porque no sábado a assembleia não teve quórum suficiente para avaliar a proposta, e a greve se estendeu até o domingo, às 8h da manhã, após votação nos 3 turnos.

A proposta aprovada foi de: $2.450 de abono (6,5% acima do ano passado), Ticket de R$415 (mesmo índice) a efetivação imediata de 7 contratados, sem desconto dos dias parados, até o efetivo retorno ao trabalho. Serão retomadas negociações sobre a efetivação do restante dos contratados e outras reivindicações pendentes. Esses pontos se somam aos já conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho, isto é, 5,12% de reajuste nos salários e no piso salarial, a partir de 01/11, e a renovação das cláusulas sociais por mais 2 anos.

Estamos cientes de que foi uma importante vitória, produto da unidade das trabalhadoras e dos trabalhadores da empresa, um avanço econômico significativo e um triunfo político. Quem esperava ver os trabalhadores de joelhos perdeu feio. A firmeza da base e os pátios lotados de caminhões para descarregar insumos e para carregar produtos falaram mais alto!

Viva a luta da classe trabalhadora! Só quem luta conquista!


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