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...03/10/2023 - 11:12:18

Categoria: Lutas da classe trabalhadora

Todo apoio à luta dos trabalhadores do transporte!

Os trabalhadores do transporte de São Paulo do metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trânsito Metropolitano) e da Sabesp deflagraram contra nesta terça-feira, 3, por mais investimento nos serviços públicos, respeito aos trabalhadores e contra o plano de privatização do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). 

Vale lembrar que o governador já está envolvido em suspeitas de corrupção no sistema educacional do estado com a compra sem licitação de livros digitais de empresa ligada ao secretário de educação, Renato Feder.

 

A forte mobilização dos trabalhadores denuncia: 

• Aumento das tarifas: A privatização pode levar ao aumento das tarifas do transporte público, pois as empresas privadas têm como objetivo o lucro.

 

• Redução da qualidade do serviço: A privatização pode levar à redução da qualidade do serviço, pois as empresas privadas podem priorizar o lucro em detrimento da qualidade.

 

• Perda de controle público: A privatização pode levar à perda de controle público sobre o transporte público, o que pode dificultar a regulação e fiscalização do serviço.

 

• Linhas privadas apresentam problemas. Administradas pela ViaMobilidade desde janeiro de 2022, as linhas 8-diamante e 9-esmeralda de trens vêm apresentando falhas técnicas.

 

                O Sindicato dos Metroviários, por exemplo, afirma que a privatização do Metrô de São Paulo "vai prejudicar a população, os trabalhadores e a cidade". O Sindicato também afirma que a privatização "vai aumentar o custo do transporte público, piorar a qualidade do serviço e precarizar as condições de trabalho dos metroviários".

O movimento social "SOS Metrô" também é contrário à privatização do Metrô de São Paulo. O movimento afirma que a privatização "é um retrocesso para a população e para a cidade". O movimento também afirma que a privatização "vai levar ao aumento das tarifas, à redução da qualidade do serviço e à precarização das condições de trabalho dos metroviários".

As privatizações propostas pelo governador Tarcísio de Freitas parecem mais uma medida que prioriza interesses privados em detrimento do bem-estar da população. A regulação e fiscalização eficientes do serviço tornam-se mais desafiadoras quando nas mãos do setor privado. A privatização pode abrir espaço para práticas menos transparentes e dificultar a responsabilização por eventuais falhas no sistema.

 

HISTÓRICO:

 

As privatizações do metrô de São Paulo já realizadas foram marcadas por uma série de problemas e casos de corrupção. Os principais incluem:

 

• Aumento das tarifas: O preço das passagens do metrô aumentou significativamente após as privatizações. Em 2013, a tarifa da linha 4, a mais recente, era de R$ 3,50. Em 2023, ela é de R$ 7,50.

 

• Redução da qualidade do serviço: Os usuários do metrô têm relatado um aumento na frequência de atrasos, interrupções e problemas de manutenção.

 

• Falta de transparência: O processo de privatização foi marcado por falta de transparência e participação popular.

 

Os principais casos de corrupção incluem:

• O caso da Linha 4: Em 2012, a empresa Odebrecht foi acusada de pagar propina a agentes públicos para vencer a licitação da Linha 4 do metrô. O caso ainda está em andamento.

 

• O caso da Linha 5: Em 2014, a empresa Alstom foi acusada de pagar propina a agentes públicos para vencer a licitação da Linha 5 do metrô. O caso foi arquivado pela Justiça, mas a Alstom foi condenada a pagar multa de R$ 200 milhões.

 

• O caso da Linha 15: Em 2020, a empresa Siemens foi acusada de pagar propina a agentes públicos para vencer a licitação da Linha 15 do metrô. O caso segue em andamento.

 

As privatizações já realizadas não trouxeram os benefícios prometidos pelos governos burgueses à serviço do empresariado, como aumento da eficiência e redução dos custos. Pelo contrário, elas resultaram em aumento das tarifas, redução da qualidade do serviço e falta de transparência.

                Assim sendo, toda solidariedade e apoio à luta dos trabalhadores contra a exploração capitalista e o avanço da privatização sobre o transporte e a Sabesp.


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