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...07/11/2023 - 13:41:35

Categoria: Organização na luta por direitos

Privatizações deterioram serviços públicos; água e energia não são mercadorias

Apagão escancara crime lesa-pátria com privatização de setores estratégicos

Está confirmado! A privatização de setores estratégicos de serviços públicos causa apagões, calamidades públicas e empurra o custo dos prejuízos econômicos para os governos municipal, estadual e federal. A privatização da eletricidade em São Paulo já era apontada à época, em 1996, como fator de risco futuro para o fornecimento de energia e para a economia. O setor enfrenta uma série de problemas, que se agravaram nos últimos anos, culminando na atual situação de desastre, com bairros inteiros da capital paulista sem energia.

Os problemas criados pela privatização

  • Diminuição dos investimentos na rede: As empresas privadas, que se interessam apenas pelo lucro, reduziram os investimentos na rede elétrica, o que levou ao aumento das falhas e dos cortes de energia;
  • A situação de desastre na falta de energia em São Paulo é resultado direto da privatização do setor. Em 2023, a capital do estado já registrou mais de 100 mil interrupções de energia, afetando milhões de pessoas;

 

  • Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), os investimentos na rede elétrica de São Paulo caíram de R$ 1,8 bilhão em 1996, ano da privatização, para R$ 1,3 bilhão em 2023. Isso representa uma redução de 27% no investimento. A redução dos investimentos na rede elétrica é resultado da política de lucros das empresas privadas, que operam apenas em função do pagamento de dividendos aos acionistas. Não há preocupação ou obrigação quanto à qualidade do serviço prestado;
  • Redução do número de funcionários: As empresas privadas demitiram em massa trabalhadores da rede elétrica, o que agravou a situação de falta de pessoal e de qualificação. A companhia responsável pelo caos em São Paulo demitiu 30% dos trabalhadores desde que assumiu os serviços;
  • Falta de transparência: As empresas privadas não são transparentes sobre seus dados e operações, o que dificulta o controle e a fiscalização do setor;

Ainda há o agravante de que as empresas privadas não tem responsabilidade social quanto às mudanças climáticas e os efeitos climáticos extremos. É preciso antecipar calamidades, agir com estratégia em função do povo brasileiro. As empresas privadas não têm esse interesse, esse compromisso. Só se preocupam em mandar dividendos para os acionistas. A Enel, por exemplo, empresa responsável pelo apagão em São Paulo, repassou mais de R$ 600 milhões para os acionistas no ano passado. Já o investimento na manutenção caiu drasticamente.

O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo denunciou que a situação vem definhando desde a privatização e deve piorar com as mudanças climáticas. Segundo o sindicato, a entidade previu um apagão que poderia durar uma semana e avisou a Enel, mas o modelo de gestão não prioriza a prevenção de danos. Além disso, outras empresas privatizadas estão com o mesmo problema. A Enel, que assumiu o setor na privatização, foi alertada para a ocorrência de um apagão em caso da passagem de um ciclone extratropical.

É importante que os governos mantenham o controle sobre os setores essenciais de serviço público para garantir a segurança energética, o bem-estar da população, a manutenção das redes e a preparação do setor antes os eventos climáticos extremos, situações causadas pelo aquecimento global.

 

Os riscos graves da privatização da Sabesp

O projeto de privatização da Sabesp, empresa de saneamento básico do estado de São Paulo, também representa um grave risco para a população. A privatização da Sabesp pode levar ao aumento da tarifa de água, à redução da qualidade do serviço e à falta de investimentos na rede de saneamento. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos/SP) tem um projeto pronto e já conta com a maioria da Assembleia Legislativa de São Paulo para aprovar mais este crime lesa-pátria. Não podemos permitir!

É importante e estratégico para o país manter os setores essenciais de serviço público sob o controle dos governos e não de empresas privadas que só querem lucro. Os serviços públicos são essenciais para o bem-estar da população e devem ser prestados de forma universal, acessível e de qualidade.

É importante e estratégico para o país manter os setores essenciais de serviço público sob o controle dos governos, que podem remanejar os recursos para a manutenção/prevenção de desastres, e não de empresas privadas que só querem lucro.


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