Para surpresa apenas dos “inocentes” que confiaram na versão mais palatável do bolsonarismo, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) está tocando o terror em São Paulo. Na educação, é ataque atrás de ataque. Só o prejuízo financeiro é de milhões com a politicagem dos livros didáticos. Sem falar no sucateamento proposital do setor para justificar, por exemplo, a mamata com empresas do secretário da educação, Renato Feder.
Empresário estatal? O governo Tarcísio já fechou três contratos com a empresa do secretário de educação. O e$quema suspeito segue o mesmo modus operandi de governos corruptos. Renato Feder, que se vende como “empresário”, já foi secretário de educação do Paraná do governo Ratinho Jr. (PSD). Ao que parece, o secretário é um “empresário de governo”, especialista em empresariar dentro do ESTADO, ou seja, em governos. Estado mínimo pra quem mesmo?
Fraude em licitação? A empresa do secretário já teria recebido R$ 83 milhões para entregar computador e celular para a secretaria de educação, o que ainda não ocorreu. Renato Feder é sócio da empresa offshore Dragon Gem, dona de quase 28,16% da Multilaser, empresa que “venceu” o contrato de licitação.
Espionagem? Fora isso, o governo estadual parece que andou espionando alunos, diretores do ensino e professores com a instalação remota e absolutamente ILEGAL de aplicativo nos celulares pessoais, uma clara violação à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Essa versão paulista de métodos de arapongagem lembram ações do governo Bolsonaro, que usou a ABIN e o GSI para espionar adversários.
Mamata pra nora do Bolsonaro? Já tá bom pra você? Tem mais! O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ofereceu uma mamata à economista Martha Seillier, mãe da filha do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), nos Estados Unidos. Um cargo cuja remuneração ultrapassa os R$ 40 mil. Tá boa a mamata e o tráfico de influência, né?
Ataque aos livros didáticos – o governador anunciou que o estado, pela primeira vez, não iria aderir ao programa federal do Ministério da Educação para a entrega de livros didáticos. Tarcísio e o seu “empresário de ESTADO” queriam oferecer os livros apenas na versão digital, ou seja, é para dificultar mesmo, já que não existe estrutura para tal na rede pública. O movimento estudantil, professores, partidos de luta da classe trabalhadora, parlamentares de esquerda se uniram e conseguiram barrar este ataque. Até o Ministério Público cobrou explicações e apontou “suspeição” na atividade de restringir o acesso aos livros didáticos. É o velho e perverso bolsonarismo político destruindo tudo o que toca.
Matança na Baixada Santista – a PM sob comando de Tarcísio deixou 19 mortos em operações no litoral paulistano. Policiais chegaram a comemorar e contar o número de mortos aleatórios em publicações nas redes sociais. Com a desculpa de prender o culpado pela morte de um soldado da PM, a polícia tocou o terror geral. Invadiu, prendeu sem provas e há dezenas de denúncias na ouvidoria da PM de mortes sumárias, ou seja, fuzilamento. A morte do jovem soldado é uma tragédia tal qual a que as populações das periferias das grandes cidades estão sujeitas todos os dias. Usar a memória do policial para justificar e comemorar mais mortes aleatórias, por ajustes de contas entre a PM e facções criminosas, aterrorizando e vitimando as populações das periferias é a barbárie suprema que se arrasta desde sempre. A falta de justiça para o povo trabalhador, políticas sociais, combate ao racismo, a concentração de renda absurda do capitalismo são as causas desta guerra infindável. E guerras dão lucro aos seus operadores, que não moram nas periferias. Os mortos nesta guerra são peças de reposição para o sistema.
Imagem de divulgação do estado de SP.